Mariana Niederauer
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, se reuniu, na manhã desta terça-feira (5/6), com o comando nacional de greve dos professores federais. Foi o primeiro encontro com representantes do governo desde o início da greve, há 20 dias. Mercadante informou que a negociação está mantida e que uma reunião entre representantes da categoria e o Ministério do Planejamento deve ocorrer na próxima semana. Segundo o último levantamento do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), 51 instituições federais aderiram à greve nacional.
Durante o encontro, o ministro ressaltou que o prazo para o fim das negociações é 31 de julho e será preciso aguardar o desdobramento da crise financeira internacional para ter noção do impacto que ela terá na economia do país. Após a reunião, a presidente do Andes-SN, Marina Barbosa, informou que “compreende os problemas apontados pelo ministro, mas que eles não podem servir, mais uma vez , de desculpas para que as negociações não avancem.”
Em entrevista coletiva concedida horas mais tarde, Aloizio Mercadante reiterou que não vê motivos para uma greve de professores nesse momento. “É legítimo fazer greve, é da democracia, mas é precitado”, afirmou. O ministro deixou claro, porém, que a paralisação não acelera nem compromete o andamento das negociações.
Piso salarial
Mercadante fez questão de informar o valor do piso salarial dos professores universitários. Para os 221 professores contratados em regime de dedicação exclusiva para uma jornada de 40 horas, o piso é de R$ 2.872,85. Os 180 docentes que trabalham 20 horas por semana recebem, no mínimo, R$ 1.597,92. O ministro disse que, em geral, os professores universitários que entram nas federais já têm doutorado e recebem entre R$ 6 mil e R$ 7 mil inicialmente.
Leia mais:
Greve dos professores das universidades federais já atinge 48 instituições
UnB adia calendário acadêmico por causa da greve dos professores
Depois de manifesto, professores grevistas se reúnem para decidir próximo passo
MEC contesta informações sobre piso salarial em universidades
Nenhum comentário:
Postar um comentário