A
propósito, estamos falando do II Circuito de Ciência e Tecnologia da Regional
de Ensino do Núcleo Bandeirante, da Secretaria de Educação do Distrito Federal,
onde aconteceram apresentações culturais e exposições temáticas.
Muito
embora a importância da homenagem ao Gonzaga, foi possível observar outra forte
lembrança do Gonzaguinha nas exposições realizadas por todas as escolas. Não me
refiro a nada nos moldes daquela feita pela Ruralzinha, refiro-me a algo mais
indireto e não menos belo. Foi a confirmação do sentimento e da afirmação do
poeta pelas atitudes das crianças que participaram do Circuito de Ciências,
especialmente aquelas da Escola Classe 02 da Candangolândia.
Inconscientemente,
elas prestaram também a sua homenagem ao poeta, à vida e à esperança. Não
declamaram a poesia mencionada acima ou a cantaram, nem sequer mencionaram as
obras do Gonzaguinha e do Gonzaga. A bem da verdade, é possível que nem saibam
da existência dessas figuras ilustres. Elas estavam a falar sobre
sustentabilidade – o tema central das exposições. Para além de suas palavras,
evidenciaram com suas existências, seus gestos, sinceridade e empolgação, a
pureza que inspirou o poeta.
É
certo que elas falavam de um mundo mais bonito, preocupadas com a
sustentabilidade, ensinando que casca não é lixo e a importância dos primeiros
socorros. Contudo, muito mais belo que um mundo sustentável é aquele em que se
preserva a pureza e se valoriza a existência das crianças. Nisto consiste uma
das maiores belezas da educação: valorizar as crianças e ensiná-las para que se
preparem para a vida. O trabalho que tem sido desenvolvido pela Gerência
Regional de Educação Básica e pela Coordenação Regional de Ensino do Núcleo
Bandeirante é exemplar nesse sentido.
Junto
a esse trabalho, não podemos deixar de também aprender, além de ensinar.
Aprender que é preciso preservar a pureza e o encanto pela vida, apesar das
dificuldades. Somente com encantamento e olhos abertos ao que é simples e belo
poderemos construir um mundo melhor para nós e para as crianças e continuar
cantando que a vida é bonita, é bonita e é bonita. Afinal, devemos concordar
com o poeta ao responder a pergunta: e a vida, o que é?
Há
quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Você
diz que é luta e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu
só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre
desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E
a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
João Guilherme -Autor do blog WWW.bsbcultural.wordpress.com
Sem dúvida foi um momento muito especial João. Obrigado pela poesia e sensibilidade nas palavras. O Circito foi um momento especial para todos os envolvidos.
ResponderExcluirMarla