Cerca de 1,4 mil estudantes das escolas públicas do DF compareceram ao espetáculo realizado pela parceria entre a SEDF e secretaria de Cultura
Nesta quarta (12), os estudantes da rede pública de ensino do DF assistiram à apresentação teatral Filha da Anistia, na Sala Villa-Lobos do Teatro Nacional. A peça que retrata o drama das vítimas da ditadura é uma realização da Caros Amigos Cia de Teatro, em parceria com a Associação de Pesquisadores sem Fronteira e o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
O espetáculo despertou a atenção de jovens espectadores, como a estudante Luiza Dias, do CEM 01 do Paranoá. “É a primeira vez que venho ao teatro. Estou ansiosa para assistir à peça”, confessou a estudante. A aluna Sarah Risis também estava empolgada com a apresentação. “Teremos a oportunidade de ver a história contada de uma maneira diferente”, explicou. Segundo o professor de Sociologia, Evaldo José Rodrigues, o contato visual com o fato histórico estimula a discussão em sala de aula. “Iniciativas como essas tornam as discussões mais dinâmicas”, comentou o professor.
A peça foi contemplada pelo Programa de Ação Cultural (ProAC) da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo em 2009 e estreiou em março de 2010, em São Paulo. Em 2011, a companhia firmou um convênio federal com o Projeto Marcas da Memória, da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, para a realização de uma Caravana do espetáculo por seis estados brasileiros. Foram realizadas apresentações seguidas de debate em Recife, Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Brasília e Bauru. Neste ano as cidades contempladas com o projeto foram: Campinas, Vitória, Florianópolis, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília.
Após a apresentação, o secretário de Educação do DF, Denilson Costa; o secretário de Cultura, Hamilton Pereira; o superintendente do Arquivo Público do DF, Gustavo Chauvet e a presidenta em exercício da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Sueli Bellato, assinaram um protocolo de intenções. O intuito é estabelecer um acordo de cooperação técnica, sem repasse de recursos entre os participantes, que estimule a integração entre as ações desenvolvidas pelas instituições.
“Como professor e historiador, reconheço a importância do debate a respeito dessa página cruel em nossa história. Algumas questões precisam ser respondidas e é preciso somar forças para buscar essas respostas”, explicou o professor Denilson Costa.
Em todas as apresentações é realizado um debate após o espetáculo, coordenado pelo autor, Alexandre Piccini. Participaram do debate promovido após o espetáculo, o procurador do Trabalho, Cristiano Paixão; o procurador federal em exercício dos direitos do cidadão, Luciano Mariz e o professor da UnB, José Otávio Guimarães.
Cerca de 6 mil estudantes da rede pública assistirão à peça em cinco apresentações que seguem até sexta-feira (14).
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